setembro 30, 2007

III - BADALO EM PROGRESSÃO

Como dizem os latinos que "audaces fortuna juvat", em vernáculo, a sorte ("la buena dicha") estará sempre do lado dos que sabem servir-se da sua constante "frontalidade". Mas haja muita cautela, para não cair na esparrela do ditado espanhol: "piensa mal y acertarás". Não fui muito exigente no título ... podia ter escolhido logo o de Marquês ou até de Duque, porque não? Vale tudo!...
É verdade, estou a olvidar o "Badalo em Progressão". Peço a Deus que me livre dos males da "arterioesclerose": "Ab omni malo libera nos, Domine". Peço aos psicanalistas e similares que não me atormentem com a existência de "recalcamentos". Estou certo que já acabei com todos eles. E não foi sem tempo. Ao tomar o título aristocrático, o mais profundo do meu EU, obrigou-me a mostrar (vejam lá que grande exigência) o meu título de plebeu de "Comendador da Ordem da Frontalidade". É fardo pesado e imperioso. Foi-me concedido com a condição de nunca o despir num unico momento do resto da minha complicada vivencialidade. Terei de o usar, mesmo quando já tiver passado do cais do Aquém para o cais do Além? Espero que, por Deus conhecer tão bem o meu íntimo, não me tome por vaidoso.
Sabes quais são as insígnias da "Ordem da Frontalidade"? São um colar "escalate" (símbolo de vida a caminhar pela áspera montanha do "dever de dizer sempre a VERDADE, de praticar o bem, custe o que custar)", colar de que está pendente uma cruz de ferro, marca que impõe sacrifício para defesa do homem sem distinções de raças, de credos, de posições, sem sujeição a marginalizações, sem curvaturas a mandos suezes dos que o ente humano pretendem plastificar. Leitor amigo é "comenda" de aparente aspereza, mas a única "comenda" que dignifica seus filiados, que lhes assegura a "única alegria sobre a terra" abrindo-lhes as portas da "imortal felecidade".
A "Ordem da Frontalidade" aceita todos os desafios em que esteja a defesa do homem como finalidade determinante e irreversível, nem que, para isso, tenha de derramar todo o sangue anímico da sua ernergia humana, que o preço exigido tenha de ser a epopeia gloriosa de deixar, pela vida fora, por todas as partes do mundo, "a vida em pedaços repartida". Eis o meu lema, eis a minha divisa.

"Sejamos HOMENS"!...
"Contra hipocrisias, SINCERIDADE,
Contra fanatismos, crença no HOMEM
Contra fanatismos, crença no HOMEM "

Do livro "DEUS E O DIABO".

Sei muito bem, com tristeza o digo, que os doutores do "Reino da Mediicridade" (em catadupa) nunca souberam o que era "consciência", porque a deles "era verde, e comeu-a um burro". Mas pobre burro, morreu intoxicado.
Para ti, leitor ciente, vou gritar os versos do nosso guia, Antero de Quental:

" A ideia, o Sumo-Bem, o Verbo, a Esssência,
Só se revela aos homens e às nações
NO CÉU INCORRUPTÍVEL DA CONCIÊNCIA"

Confrades, chegou a hora de assumirmos os nossos compromissos. Não podemos pactuar com este mundo de imbecis, de corruptos, de envenenadores das águas puras com que nos saciamos todos os "Comendadores da Ordem da Frontalidade".
Chicoteemos, com o látego da Razão, todos os escravizados ao serviço das loucuras dos potentados do Culto ultra-infernal da "Imperatriz" ou "rameira" da mais aviltante "Mediocridade". Sejamos livres! Abram bem os olhos da alma para podermos ficar plenamente convictos de que o " REI VAI NU ".
Se formor fiéis á mais alta das Comendas (da Ordem da Frontalidade), alcançaremos o galardão inapreciável de "nos conhecermos a nós mesmos", de podermos vociferar com Antero:

"Dorme o teu sono coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente"

Badaladas Cínicas
Reis Brasil
Visconde de "Além da Ponte"
Comendador da Ordem da Frontalidade

julho 23, 2007

II - BADALO EM ACÇÃO

Arquivado o meu titulo de "Proletário Intelectual", precisava de algo que soasse bem ao ouvido.Fi-lo muito honestamente, porque "presunção e água benta cada um toma a que quer".Como tenho uma parcela de terreno na minha aldeia sita no lugar de "Além da Ponte", achei lógico e justo condecorar-me a mim mesmo com a ´"cónica", mas honrosa, condecoração ou titulo honorifico de "Visconde de Alem da Ponte". Para universalizar este titulo vou servir-me de "SINO" da minha intelecto-efectividade.Está bem? Está mal? Isso é comigo e só comigo. Quero mesmo que sirva de rente e a posição que tomarem, desde que seja expressão de gáudio e de sentido simbólico a todos quantos lerem estes conceitos, prenhes de notória "frontalidade". É-me indiferente a posição que tomarem, desde que seja expressão de consciente "SINCERIDADE". Seja como for, tenham sempre um certo cuidado na posição assumida, porque "quem muito se abaixa ...".
Se os outros se condecoram uns aos outros, como não poderia eu condecorar-me a mim próprio? É mais simples; é mais lógico; é mais justo, porque "cada um deve saber as linhas com que se cose". Atenção, leitor curioso!... É premente estar sempre precavido contra os nojentos seguidores do "posso, quero e mando". Será sempre certo que "cesteiro que faz um cesto, pode fazer um cento". A matéria é grave. No seu exame pode estar a jogar-se o nosso presente, pode estar a destruir-se todo o nosso futuro. Ouvi:"A bom entendedor...".



Badaladas Cínicas
Reis Brasil
Visconde de "Alem-da-Ponte"
Comendador da Ordem da Frontalidade

junho 13, 2007

I - BADALO NA MÃO

Com grande respeito pelos “cãezinhos”, vou dizer quem sou. Em tempos idos condecorei-me com o titulo de “Proletário Internacional”. Como este titulo já cheira muito a bafio, determinei mete-lo no armário das velharias. Não estranhes, leitor amigo. Ouve-me bem. Vai por mim. Sou mesmo assim. Excogitei a asneira de ter uma mais choruda condecoração. Garanto-te, irmão no culto da Vida, na prática do Bem, no clima de SINSERIDADE, que nunca me candidatei a condecorações ou prémios.
Vi que condecorações e prémios exigiam uma preparação assaz longa em universidades de culto fidelíssimo ao intenso e extenso “Reino da Mediocridade”. Os grandes-mestres destas instituições “modelares” são muito avares na distribuição de títulos, condecorações e prémios. Ai o que vou dizer!... Consta-me que os grandes potentados destas instituições são, em boa parte, dominados por imperativos, mais que categóricos, dum certo numero de sociedades secretas. Cala-te boca! É melhor ficar por aqui. Sei qual foi o martírio do meu ilustre “confrade” quando publicou o livrinho com o titulo “ Os Burros”. Dizem as más-línguas que se referia à Assembleia da Republica do seu tempo.
Catei, muito a meu gosto, alguns meandros da concessão de títulos e de condecorações. Fiquei assustado com a grande reserva deles para com a “sacrossanta família” dos “afilhados” e dos “afilhados de outros afilhados”. Senti o grande favoritismo concedido a “todos os clubes do elogio mutuo”. Há muito mais a vomitar, mas…”cala-te boca!”. Isso da “liberdade de expressão” é balela, só boa para deitar “poeira” nos olhos dos “parvinhos”. De resto sinto-me orgulhoso por viver fora destas escolas e destes clubes, em que predomina a ditadura contra o HOMEM-HOMEM. Apontarei ainda que há certas virtudes fundamentais: hipocrisia e bajulação. A mascote deste clima é o “CAMALEÃO”.
De resto, leitor atento, temos de medir o sentido de tais títulos, prémios ou condecorações, avaliando sempre a “fonte turva” donde tudo isto procede. Quem não conhece a “crónica” dos grandes “donatários” daquilo que não lhes pertence? Vale a pena aprofundar este clima, examinando bem a atitude dos “cozinheiros” destes pratinhos tão cobiçados, em virtude dos fortes temperos duma “babosa adulação”. Por outro lado, os tais “donatários” exigem sempre que o seu calçado ande sempre muito bem “engraixado”.
Sá de Miranda conhecia-os bem, pois já populariam século de quinhentos. Eis aquilo que eles nunca poderiam ser:

“Homem dum só parecer
Dum só rosto e duma fé
D’antes QUEBRAR QUE TORCER
Outra coisa pode ser,
HOMEM DA CORTE NÂO É”!...

BADALADAS CINICAS
Reis Brasil
Visconde de “Além-da-Ponte”
Comendador da Ordem da Frontalidade