é não esperar do Estado senão reformas ilusórias e deprimentes para os que produzem e sofrem;
é não entregarmos as resoluções das nossas questões com o patronato a políticos que sempre
nos ludibriam; é lutarmos aberta e directamente com aqueles que directamente nos
escravizam; é confiarmos na força saída do nosso esforço; é lutar no campo económico-social
cada vez com mais energia, de modo a que abreviemos a queda do patronato e do salariato que
nos tem presos ao carro da escravidão capitalista; é, em suma, o meio de apressarmos, sem
receio de cairmos em ciladas burguesas, o aniquilamento de toda a opressão e escravidão; e
é, sobretudo, o revigoramento da energia perdida, que, colocando o trabalhador na plena
posse das suas faculdades físicas, intelectuais e morais, o eleva e o integra no sentimento
da sua personalidade
Manuel Joaquim de Sousa
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