junho 30, 2005

Sylvia Plath





" Ter coragem de acabar quando se quer, é previlégio daqueles que viveram tão intensamente que mais nada os pode afectar"

junho 29, 2005

Sylvia Plath


ESPELHO
Sou prateado e exacto.Não tenho preconceitos
Tudo o que vejo engulo imediatamente
Do jeito que fôr, desembaçado de amor ou aversão.
Não sou cruel, apenas verdadeiro-
O olho de um pequeno deus, de quatro cantos.
Na maior parte do tempo medito sobre a parede em frente.
Ela é rosa, pontilhada. Já olhei para ela tanto tempo,
Eu acho que ela é parte do meu coração.Mas ela oscila.
Rostos e escuridão nos separam a todo o momento.
Agora sou um lago. Uma mulher dobra-se sobre mim,
Buscando na minha superficie o que ela realmente é.
Então,ela vira-se para aquelas mentirosas, as velas ou a lua.
Vejo suas costas, e reflito-as fielmente.
Ela recompensa-me com lgrimas e um agitar de mãos.
Sou importante para ela. Ela vem e vai.
A cada manhã é o seu rosto que substitui a escuridão.
Em mim ela afogou uma menina, e em mim uma velha,
Ergue-se em direcção a ela dia após dia, como um peixe terrivel.

junho 28, 2005


Sylvia Plath escreveu um poema tão terrivelmente louco quão poderoso sobre a morte e, em seguida suicidou-se.
Esse acto, que por várias vezes já tentara sempre sem resultado ( toda a sua vida viveu junto com a morte) foi coroado de exito, numa manhã gélida e cinzenta em 11 de Fevereiro de 1963. Enfiou a cabeça no forno a abriu o gáz, enquanto isso seus filhos de um e dois anos dormiam no andar de cima.
O Veredicto: Louca
Louca de paixão, louca de revolta, louca de frustação,louca de ciúmes.Semanas após o seu suicidio,

tornou-se uma das mulhees mais famosas da sua epoca, seguindo-se o estatuto de lenda viva, tais como Janis Joplin;Jim Morisson; Edgar Alan Poe; Jack Keroauc, Ari dos Santos, Rosseau, entre muitos outros, sobrevivendo até aos nossos dias.
Ted Hughes, seu marido, tambem um ícone da literatura, herdeiro de todo o seu espólio literário, publicou-lhe alguns poemas, mas destruiu muitos mais.Poder-se-á afirmar: O que Ted Hughes destruiu, poderá ter sido uma grande obra literária sendo ao mesmo a prova de que Sylvia Plath não era louca? Que o Veredicto está errado? No entanto, alguns manuscritos estão a salvo e selados em Bibliotecas e só poderão ser abertos em 2013.
Começo assim a falar-vos o pouco que sei de
Sylvia Plath.

Ab(sinto)



Absinto
O absinto é uma planta de sabor amargo e aspecto delgado, com folhas verde-cinza e pequenas flores amarelas. Tem fins psicoactivos e medicinais, e tem sido usada contra o reumático, a gota e a bicha solitária (tapeworm). Daqui surgiu a denominação inglesa de 'wormwood'. O absinto é o ingrediente principal da legendária bebida com o mesmo nome, que foi inventada em 1972 por um médico francês. Criada para efeitos medicinais, tornou-se muito popular como bebida recreativa. Muitos artistas foram afectados pelo absinto no seu trabalho. A bebida foi primeiro chamada de 'fada verde' ou 'deusa verde'. Mais tarde era conhecida como 'a praga' ou 'a rainha dos venenos'. Em 1915 a produção do licor foi proíbida, mas voltou a ser recentemente legalizada em todos os países europeus. "O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. O nome da estrela era Absinto; e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas." Blíbia, Apocalipse 8:10, 11.

O Asco da Imprensa

"É impossível percorrer qualquer jornal , seja de que dia for, ou de que mês, ou de que ano, sem aí encontrar, em cada linha, os sinais da perversidade humana mais espantosa, ao mesmo tempo que as presunções mais surpreendentes de probidade, de bondade, de caridade, a as afirmações mais descaradas, relativas ao progresso e à civilização. Qualquer jornal, da primeira linha à última, não passa de um tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, impudicícias, torturas, crimes dos príncipes, crimes das nações, crimes dos particulares, uma embriaguez de atrocidade universal. E é com este repugnante aperitivo que o homem civilizado acompanha a sua refeição de todas as manhãs. Tudo, neste mundo, transpira o crime: o jornal, a muralha e o rosto do homem. Não compreendo que uma mão pura possa tocar num jornal sem uma convulsão de asco."

junho 27, 2005

Então a vida respondeu-me, tapando os seus delicados ouvidos:
Oh!, Zaratrusta! Não faças estalar o teu chicote com um barulho tão terrivel!
Bem o sabes: o ruido mata os pensamentos e, precisamente chegam-me ternos pensamentos.
Nós dois não somos, de facto, bons para nada, impróprios para o mal como para o bem.Para alem do bem e do mal, encontrámos a nossa ilha e a nossa verde pastagem - só nós dois! Mesmo que não fosse por nada mais, deviamos amarmo-nos um ao outro!
E, embora não nos amássemos do fundo do coração, seria motivo para nos querermos mal, se não nos amássemos do fundo do coração?
E bem sabes que tenho inclinação por ti, e demasiada: a razão disso é que sou ciumenta da tua sabedoria.Ah!, essa velha sabedoria, louca e delirante.
Seria preciso muito mais para que me amasses tanto como dizes; eu sei, pensas que me vais deixar muito cedo.
Tu pensas nisso Oh Zaratrusta, sei que queres deixar-me bem depressa!
Sim - (respondi hesitante) mas tu tambem sabes ( e disse-lhe uma coisa ao ouvido! ah)
Ao que ela respondeu: Tu sabes isso ó Zaratrusta? Ninguem o sabe!

Assim Falava Zaratrusta
"Não é possível fazer um gesto
que transforme em côr um mar sereno
- o mar é revolto
e este meu protesto tão grande demais
num mundo pequeno!"
"Vila Real Santo António,30 de Agosto de 1965"

"Podia rasgar as conchas das mãos
que o sorriso seria sempre inutil
- o sorriso é a unica verdade que em nós, brota a cada passo!...
... e o nosso sangue só atinge a nós próprios"
" Evora 8 de Outubro de 1965"

" Maria Conceição Augusto Mattos"

Imparável








" The Doctor"

junho 22, 2005


" Existem coisas que conheces... e coisas que desconheces, o conhecido e o desconhecido, e entre eles existem as portas - É o que somos."
" É uma pesquisa - Abrir uma porta a seguir á outra. Até agora não existe uma filisofia ou uma poli­tica consistentes. A sensualidade e o pecado são hoje uma imagem atraente para n´ss, mas penso nela como uma pele de cobra que um dia será mudada. O nosso trabalho, a nossa actuação, são mais uma luta pela metamorfose. Agora estou mais interessado no lado sombrio, da vida, no pecado, na Face Oculta da Lua, no noite.
Mas na nossa musica parece-me que estamos a procurar, a lutar, a tentar atravessar para um reino mais limpo, mais livre.
Écomo um ritual de purificação, em sentido alquimico. Em primeiro lugar tens que passar pelo periodo de desordem, de caos, regressando a uma primitiva calamidade. A partir dai­ puruficas os elementos e encontras uma nova semente da vida,que transforma toda a vida, toda a materia e toda a personalidade. Até que, que por fim, com confiança, emerges e unes todoas aqueles dualismos e oponentes. Então não estás mais a falar do mal ou do bem, mas sim de algo unificado e puro.
Pensem em nós como politicos eroticos."

" in Newsweek outubro de 1967"
Rei Lagarto
Posted by Hello

junho 21, 2005

Obrigado

Émesmo verdade, nem tudo neste País vai mal... por motivo de saude, nada de grave, tive que recorrer aos nossos serviços médicos , isso mesmo... e pra minha boa e agradável surpresa, o atendimento médico,técnico e principalmente humano, deveras que me espantou...começando pelos Bombeiros Municipais de Olhão até ao SAP. Aqui fica o meu sincero agradecimento, particularmente aos 2 Bombeiros que me prestaram os primeiros cuidados em casa.

É caso pra dizer " Assim Falou Zaratusta"

Aquela história real de uma juí­za de Olhão ter condenado um invá¡lido - acamado em casa por efeito de uma trombose, sem dinheiro para comer e com a mulher a recorrer á sopa dos pobres - a uma pena de prisão por não ter pago uma multa de 135 euros, nem lembra ao diabo. O caso foi descrito por Idálio Revez (Público, 7 de Abril) e para os humanos que militam pelos direitos humanos, a situação narrada pelo jornalista é deveras ficcional e trágica. A um homem naquelas circunstâncias, a juí­za chegou ao ponto de negar a divisão do pagamento em prestações de 15 ou 20 euros para não se entrar em moldes que, na prática, descaracterizem a pena e as suas finalidades»... Não vamos respigar mais pormenores da primorosa narrativa do jornalista Idá¡lio Revez, mas não podemos evitar alguns considerandos.
http://smsjornaldoalgarve.blogspot.com/

junho 15, 2005


Poeta,politico,pintor... fica a obra e a memória Posted by Hello

junho 14, 2005

Assim falou Zaratrusta

....Aos trinta anos Zaratrusta deixou a sua terra natal e o lago da sua terra e subiu para a montanha. ".... Pois bem!Tal como a abelha que fabricou demasiado mel, sinto-me triste e cansado com a minha sabedoria.....esta a razãoo que me obriga a descer ás profundezas...como tu tambem eu preciso de descer, segundo a linguagen dos homens que quero ir encontrar"


Assim começou o declinio de Zaratrusta.


Nada malhor que o Zappa, para por isto a funcionar outra vez Posted by Hello

junho 05, 2005


Já estava toda a gente de rastos...
o Fialho no seu melhor
Posted by Hello

junho 03, 2005


El Che...
Posted by Hello