Ian Curtis suicida-se em Maio de 1980, então com 23 anos. Nunca foi revelado o motivo da sua morte, julga-se que tenha sido por o seu problema de epilepsia estar a evoluir dia após dia. Obcecado pela morte, ao ponto de antecipar o seu próprio suicídio em algumas letras tais como In a Lonely Place, se tivesse encontrado este local, talvez hoje ainda estivesse vivo. Deixou uma carta a Deborah Curtis. Sobre esta carta tenho lido que nunca terá sido divulgada, o que não corresponde à verdade, pois tenho em minha posse uma tradução da mesma. (reencontrada após uma Fuga pelos meus papéis). Foi-me oferecida em 1982, pelo meu grande amigo Zé "Macaco", da qual passo a transcrever algumas partes."Para não saturar, esfacelar os olhos e a memória, ocupo-a com mais um nome. Mas há sempre um que fito e recordo mais frequentemente:SUBLIMAÇÂO."
"É terrível chegar à conclusão de que as leis, sob as quais temos regido a nossa forma de agir são falsas e infundamentadas."
"Preciso de reduzir as probabilidades de me analisar, dos erros serem cometidos e das consequentes deslocações do pensamento para recantos deprimentes. Solicito o sono."
"Não posso viver sem ti, porem estando contigo, asseguro-me peremptoriamente de que não te amo, para depois regressado à solidão do quarto masculino, rachar a parede com o clamar brutal do teu nome. É insustentável limitar o meu amor aos contornos do teu corpo e como alienação é impossível (quando ao telefone retive o desejo que sejas tu), decidi suicidar-me. Perdoa-me sou um irrecuperável malabarista da melancolia, nem a sonhar construo finais felizes."
Um Amigo
Ian Curtis
Esta foi uma Fuga cheia de recordações.














